sexta-feira, 2 de novembro de 2012

"A felicidade, desesperadamente" - André Comte-Sponville


Quem não tem vontade de ser feliz? Para aqueles que se associam à filosofia dos textos bíblicos, ao lerem o Eclesiastes é possível construir a ideia de que "a felicidade, absolutamente, não é deste mundo". Mas, ainda que se tenha um pensamento sobre a impossibilidade de estar vivo e ser feliz por completo, há uma tendência humana natural de buscar a felicidade na medida máxima das próprias capacidades.

É justamente sobre esses termos que, filosoficamente, André Comte-Sponville fala em seu livro A felicidade, desesperadamente. E se há muitos outros autores que adentram em reflexões sobre o assunto, Sponville opta pelo tratamento do tema de um modo "complexamente simples", isso é, o conteúdo profundo de seu raciocínio dispensa o apoio dos típicos discursos intrincados de muitos filósofos. Mesmo para os leigos, de certa forma, o seu verbo filosófico soa fácil, natural e espontâneo, tornando inteligível a discussão histórico-filosófica acerca da felicidade.